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A gira de Boiadeiros.

A gira de Boiadeiros.

Os conhecedores da terra, dos campos e da vida simples.

Uma das giras mais antigas dentro da Umbanda é a dos nossos queridos Boiadeiros. Uma manifestação de espiritos daqueles que foram muito acostumados à terra de chão e tocavam o gado pelas estradas do interior de nosso país, em condições muito difíceis, mas que nunca abalaram a adoração desse povo pela lida no campo.

Os Boiadeiros, de um modo geral, utilizam chapéus de vaqueiros, laços de corda e chicotes de couro, são ágeis e costumam chegar aos terreiros com sua mão direita levantada, girando, como se estivesse laçando, esbravejando a inconfundível toada "êeeee boi!" como se ainda estivessem tocando seu rebanho.

O que mais agrada um Boiadeiro é uma boa comida da roça, bebidas simples, mas sem dispensar as iguarias do povo mais moderno, afinal, já passaram necessidades suficientes para não precisar mais se privarem de uma boa cervejinha se assim lhe forem ofertados.

A magia de sua gira é inconfundível, as histórias que trazem na bagagem são tão fascinantes como importantes no exemplo que nos exprimem. Um Boiadeiro traz consigo as lições de um tempo onde o respeito aos mais velhos e à natureza, a família e aos animais, enfim, a boa educação e bons costumes falavam mais alto e faziam muito mais diferença do que nos dias de hoje.

"Marrumbá chetuá, Boiadeiros!" é uma das saudações para este povo, ou "Chetuá, marrumbá Chetuê!", ou ainda simplesmente, "Saravá, meu Pai Boiadeiro!".

 

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