Especial Ogum, o sincretismo.
Estamos no mês do Orixá guerreiro, saiba mais sobre seu culto na Umbanda de Barracão.
Por Pai Alexandre Falasco
Jorge sentou praça... na cavalaria. Eu estou Feliz porque também, sou da sua companhia...
Este é um trecho da musica de um Jorge, o Benjor, que escolhi para abrir este texto onde tentarei explicar um pouco da história do Orixá. Sincretizado no santo guerreiro, ou do santo sincretizado num Orixá lutador e vencedor de batalhas.
A história do fenômeno do sincretismo vem da escravidão, onde negros, proibidos por seus senhores de cultuar seus Orixás, se viam obrigados a adorar santos católicos, mas nem por isso o faziam sem certo fundamento.
Você já ouviu o termo “santo do pau oco”? Sabe exatamente de onde vem? Vem desse sincretismo. Os africanos escravizados eram obrigado a cultuar imagens católicas, e se quisessem adorar seus Orixás, precisavam pegar uma imagem de um santo, feitas na época de madeira e cavar um orifício interno, colocavam alí seus axés, os assentamentos dos seus Orixás (vejam na matéria “as ferramentas”), ou seja, deixavam o santo de madeira “oco” para colocar dentro dele aquilo que acreditavam representar seus Orixás.
Os negros escolhiam a dedo os santos eleitos a simbolizar seus Orixás, se Ogum era o Orixá da batalha, dos soldados, um santo guerreiro teria que servir de símbolo deste culto no processo sincrético.
Na região sudeste, sobretudo no Rio e em São Paulo, São Jorge fora o escolhido para ser Ogum e como já disse, não por acaso, já que São Jorge foi o santo soldado, que nunca renunciou sua fé cristã, o que o levou a morte pelas mãos do imperador Diocleciano, que mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303.
São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa como também na Comunhão Anglicana). É imortalizado no conto em que mata o dragão e também é um dos 14 santos auxiliares. Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, sua memória é celebrada dia 23 de abril como também em 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele na Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do imperador romano Constantino I.
É o santo padroeiro em diversas partes do mundo: Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia, da cidade de Moscou e, extra-oficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído a São Sebastião), além de ser padroeiro dos escoteiros, do S.C Corinthians Paulista (eu como bom corintiano não poderia deixar de citar) e da Cavalaria do Exército Brasileiro.
Ogum é o Orixá guerreiro, dono das ferramentas e armas feitas de metal, portanto muito bem representado pelo santo soldado.
Para nós do Barracão de Pai José de Aruanda, a exemplo de muitos templos, ele é um dos Orixás patronos. Um de seus mensageiros, o Sr 7 Estradas, foi um propulsor da abertura da casa e Ogum é para o Barracão como o grande soldado São Jorge é para a maioria de seus fieis, um guerreiro que luta até o fim pela sua fé e sua honra, ajudando a abrir caminhos e a trazer novos rumos as vezes tão necessários na nossa vida.
Jorge sentou praça... na cavalaria. Eu estou Feliz porque também, sou da sua companhia...
Este é um trecho da musica de um Jorge, o Benjor, que escolhi para abrir este texto onde tentarei explicar um pouco da história do Orixá. Sincretizado no santo guerreiro, ou do santo sincretizado num Orixá lutador e vencedor de batalhas.
A história do fenômeno do sincretismo vem da escravidão, onde negros, proibidos por seus senhores de cultuar seus Orixás, se viam obrigados a adorar santos católicos, mas nem por isso o faziam sem certo fundamento.
Você já ouviu o termo “santo do pau oco”? Sabe exatamente de onde vem? Vem desse sincretismo. Os africanos escravizados eram obrigado a cultuar imagens católicas, e se quisessem adorar seus Orixás, precisavam pegar uma imagem de um santo, feitas na época de madeira e cavar um orifício interno, colocavam alí seus axés, os assentamentos dos seus Orixás (vejam na matéria “as ferramentas”), ou seja, deixavam o santo de madeira “oco” para colocar dentro dele aquilo que acreditavam representar seus Orixás.
Os negros escolhiam a dedo os santos eleitos a simbolizar seus Orixás, se Ogum era o Orixá da batalha, dos soldados, um santo guerreiro teria que servir de símbolo deste culto no processo sincrético.
Na região sudeste, sobretudo no Rio e em São Paulo, São Jorge fora o escolhido para ser Ogum e como já disse, não por acaso, já que São Jorge foi o santo soldado, que nunca renunciou sua fé cristã, o que o levou a morte pelas mãos do imperador Diocleciano, que mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303.
São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa como também na Comunhão Anglicana). É imortalizado no conto em que mata o dragão e também é um dos 14 santos auxiliares. Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, sua memória é celebrada dia 23 de abril como também em 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele na Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do imperador romano Constantino I.
É o santo padroeiro em diversas partes do mundo: Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia, da cidade de Moscou e, extra-oficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído a São Sebastião), além de ser padroeiro dos escoteiros, do S.C Corinthians Paulista (eu como bom corintiano não poderia deixar de citar) e da Cavalaria do Exército Brasileiro.
Ogum é o Orixá guerreiro, dono das ferramentas e armas feitas de metal, portanto muito bem representado pelo santo soldado.
Para nós do Barracão de Pai José de Aruanda, a exemplo de muitos templos, ele é um dos Orixás patronos. Um de seus mensageiros, o Sr 7 Estradas, foi um propulsor da abertura da casa e Ogum é para o Barracão como o grande soldado São Jorge é para a maioria de seus fieis, um guerreiro que luta até o fim pela sua fé e sua honra, ajudando a abrir caminhos e a trazer novos rumos as vezes tão necessários na nossa vida.