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Exu na Umbanda e na Nação

Exu na Umbanda e na Nação

Qual a diferença do Exu na Umbanda e o Exu no Candomblé?

Precisamos, antes de tudo, conhecer bem as diferenças das duas religiões no que tange ao assunto Exu (Rito).
 
Podemos começar dizendo, de uma forma simplificada, que no Candomblé se acredita incorporar o Orixá, a própria divindade, que nunca foi um ser encarnado e sim viveu na terra em tempos míticos, quando o Orum (Céu) e o Aiê (Terra) eram uma coisa só. Seria a divindade responsável, entre outras coisas, pela comunicação dos homens com os Orixás.
 
Na Umbanda, acreditamos incorporar não o próprio Orixá Exu, ao qual também rendemos culto, mas sim seus mensageiros, espíritos que um dia já foram encarnados como a gente, aliás, em tempos não tão remotos, mas que hoje não necessitam mais deste processo para terminar de saldar suas dívidas cármicas. Incorporando em seus médiuns e ajudando as pessoas nas mais diversas dificuldades terrenas, eles assim prosseguem no seu processo de evolução espiritual.
 
Então podemos aqui fazer algumas colocações:
 
O Orixá Exu é o mesmo, tanto no culto de nação como na Umbanda. O que muda é a forma de cultuá-lo.
 
A divindade que "baixa" nos terreiros de Candomblé, para seus adeptos é a manifestação do próprio Orixá, na Umbanda seria de um mensageiro deste Orixá e não a própria divindade, um espírito muito mais parecido conosco em seu estereótipo.
 
No candomblé o Orixá não fala com os consulentes, vem em terra com suas danças e assim traz seu Axé para seus protegidos.
 
Na Umbanda, o mensageiro de Exu conversa literalmente com as pessoas, aconselhando, orientando, e realizando suas mirongas.
 
Vale deixar claro, que estou comparando aqui a escola umbandista da qual pertenço, com os terreiros matrizes de nação ketu, como o Ilê Axé Opó Afonjá, a Casa Branca, o Cantois entre tantos outros que só celebram o Candomblé. Não considerando os templos que trabalham com as duas filosofias religiosas num mesmo local.
 

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