A Alma
Você não tem uma alma, você é uma alma que possui um corpo
Você não tem uma alma, você é uma alma que possui um corpo, provisoriamente.
Essa frase é incrível, não é minha, vi numa postagem de uma amiga, não sei de quem é, mas respeito seu criador.
Imagine por um momento que, tudo que você entende como verdade está invertido, não é uma teoria da conspiração, é uma reflexão.
Como um advogado do diabo eu me proponho a defender aquilo que parece utopia, aquilo que não tem explicação científica, aquilo que vai de encontro à lógica, aquilo que chamamos de fé.
Será possível explicar cientificamente o amor?
Como os ateus vão justificar a aparente insanidade de um ser que daria sua própria vida por outro? Um pai que daria sua vida por um filho sem pestanejar? Até o ateu faria isso, não se trata de uma prerrogativa da fé e sim da alma.
Advogado do diabo é aquele que tenta defender um conceito que parece errado à primeira vista, ou seja, você sabe o que é lógico, o que é “correto” e sensato, daí vem o “advogado do diabo” para questionar se, apesar de tudo indicar para aquela lógica, na verdade não passa de uma confortável ilusão.
Pronto, já me apresentei, sou o advogado do diabo.
Você acha que possui uma alma? Eu acho que você é posse de uma, e, por vezes, pode ser influenciado por outra (aqui me dei o direito de manifestar minha própria crença). Na verdade acho que você é um objeto, com data de vencimento, um corpo, um casulo sei lá, e o que te possui é a sua alma. Vai te usar por esse pequeno percurso de 80 ou 90 anos, se tiver sorte, e depois vai encontrar outra nave para continuar sua jornada. Nossa, isso foi perturbador.
Na verdade quis inverter a situação propositalmente, para tirar o foco do que você é nesse momento, mera carcaça que há de definhar sete palmos debaixo da terra, para voltar seu pensamento para o que você provavelmente é de verdade, um ser imortal, costumeiramente chamado de alma.
É, eu estou viajando sobre um assunto de forma pretenciosa, penso melhor sobre mim mesmo quando não estou totalmente cético e peço desculpas por isso. Creio que é chegada a hora, ao menos para mim, de tentar me livrar das amarra do “politicamente correto” e tentar me encontrar enquanto corpo e enquanto alma, enquanto embalagem e enquanto conteúdo da mesma, ou vice versa, enquanto dono, a alma, e enquanto propriedade, o corpo e suas necessidades ditas mundanas, quase somente fisiológicas.
As necessidades da alma parecem estar mais ligadas aos pensamentos, que são invisíveis e indetectáveis por quaisquer equipamentos, por mais avançados que sejam, caso contrário, ao meu estúpido compreender, não seríamos tão vulneráveis às incríveis demonstrações de emoções e loucuras como, por exemplo, o afeto.