Aprendendo com o Exu da Capela
Memórias do passado são "acionadas" no momento da passagem.
Não são raras as oportunidades que temos de aprender coisas incríveis ouvindo os atendimentos que as entidades dão nos trabalhos do terreiro. Uma delas foi nesta consulta do Exu da Capela (médium Mãe Silmara Falasco), ao explicar os porquês das atitudes estranhas que temos quando estamos bem velhinhos.
Segue abaixo o relato que tento transcrever, na medida do possível, usando as suas próprias palavras:
Para explicar de maneira simples, todos nós temos duas memórias, uma ativa e outra adormecida, a ativa é a memória do dia a dia, que guarda as coisas triviais e úteis para nossa vida agora, como por exemplo, os compromissos diários, o que fizemos na semana passada, o que comemos no dia anterior, etc.
A memória adormecida guarda as coisas que marcaram verdadeiramente nossas vidas, coisas boas ou ruins, mesmo as aparentemente banais, como uma pequena discussão com sua mãe a respeito de uma tarefa domestica mal feita na infância.
Esta memória é inútil no dia a dia mas será utilizada na ocasião de nosso desencarne, onde será feito o “balanço” final para “atualizar” nosso carma, é aí que essa memória adormecida acorda, e lembramos de coisas do passado que sofremos ou fizemos sofrer.
Acontece que, quando estamos bem velhinhos, prestes a passar pro lado de cá*, em alguns casos essa memória adormecida começa a ser acionada, ou para usar um termo mais adequado, começa a ser “acordada” em nós, mesmo ainda estando nesse mundo.
Por isso é comum as histórias de pessoas que no fim de sua jornada, as vésperas da passagem, já não se lembram dos nomes de seus netos, nem os reconhece, conversam “sozinhos” com familiares que já desencarnaram, falam de coisas aparentemente sem sentido, que viveram há anos mas falam como se tivesse acontecido outro dia mesmo.
Como a ciência tenta explicar tudo sem dar o braço a torcer para as coisas do além, disseram que isso é doença e deram até nome, Alzheimer**.
*Lembrando que esta mensagem foi dada por alguém que já está “do lado de lá”.
**A mensagem dada aqui pelo Sr. Capela não questiona a fisiopatologia da doença, existe a parte física, a atrofia generalizada com perda neuronal. O que se vê claramente no contexto da mensagem é que nem tudo é Alzheimer e mesmo quando é, a ciência não tem o objetivo de explicar a causa ou o motivo “espiritual” que leva a pessoa a passar por tal “doença”, exatamente o oposto foi o objetivo do Sr Capela.