Centenario da Umbanda
Umbanda completa 100 anos de oficialização.
A crença na vida após a morte e na comunicação entre os dois mundos vem crescendo de forma significativa, a Umbanda é a representante brasileira deste segmento religioso e está em festa pelo seu centenário.
Que em 15 de novembro se comemora a Proclamação da República todo mundo sabe, o que bem pouca gente sabe, é que existe outro acontecimento histórico bastante “nacional” que vem sendo comemorado neste dia a exatos 100 anos. A primeira religião fundada no Brasil e por um brasileiro, esta comemorando este centenário agora em 15 de novembro.
Estamos falando da Umbanda, que cultua a natureza e seus elementos como sagrados, através de sua filosofia espiritualista, filosofia esta que acredita na vida após a morte e na comunicação entre vivos e desencarnados. (segundo o último censo do IBGE, o número de pessoas que declararam partilhar desta crença ultrapassou com folga a marca de dois milhões de brasileiros).
Esta filosofia que não para de crescer, utiliza os processos mediúnicos para estabelecer esta comunicação, trazendo assim, mensagens daqueles que já partiram e orientações dos espíritos mais experientes no outro lado da vida para nós ainda presos a este mundo pela matéria (o corpo físico).
Existe certa confusão quando se trata de diferenciar as principais religiões mediúnico-espiritualistas e destaco uma das mais importantes diferenças: o Candomblé é africano, o Kardecísmo Francês e a Umbanda é brasileira. Outra diferença está na comunicação com os espíritos, cito como exemplo o Candomblé, que utiliza o oráculo, o jogo de búzios, enquanto que, na Umbanda, esta comunicação se dá diretamente com os espíritos incorporados em seus médiuns, o que estreita esse relacionamento e torna a Umbanda tão atraente.
É próprio da Umbanda a manifestação dos chamados “Guias de Luz”, que segundo a crença tratam-se de espíritos que já foram encarnados como nós, porém hoje já não precisam mais reencarnar devido ao seu alto estágio de evolução, passando a cumprir seu papel caritativo nestas sessões de incorporação para orientar os que ainda não chegaram lá, ou seja, nós encarnados.
Os mais conhecidos são os Pretos Velhos, espíritos de nossos antigos escravos brasileiros, os Caboclos, espíritos dos índios que teriam vivido em nossas matas, e os Erês, espíritos de crianças (sincreticamente relacionados a São Cosme e São Damião), mas ainda existem as manifestações de Boiadeiros, Ciganos, Marinheiros, Exus, Baianos, entre outras linhas.
A fé na existência da vida após a morte traz conforto aos corações daqueles que perderam entes queridos, estas pessoas recebem confirmações de sua existência e informações de seu atual estado, motivo pelo qual, muitos seguidores de outras religiões declaram aceitar e até já ter estado em templos Umbandistas para receber estas boas notícias, mas as orientações a respeito dos diversos planos da vida terrena, como trabalho, relacionamento, família, ainda são os principais pedidos dos fiéis aos espíritos.
Como sempre digo, acredito que a Umbanda é a religião das pessoas livres, que seguem sim um ideal, mas não uma ditadura filosófica, já que a Umbanda possui grande diversidade em seus modos de culto e rito, e não se atem a uma única e hierárquica organização como é o caso da maioria das demais. “Não seguimos um regime Papal, por exemplo, e tão pouco isso diminui a força desta organização, que é unida justamente pelo respeito com as diferentes formas de credo, exemplo de tolerância inter-religiosa, exemplo de que podemos coexistir sem as chamadas “guerras santas” referindo-me aqui ao mal que assola o oriente médio e pode acontecer a qualquer outro lugar onde o povo não respeite a forma alheia de crer e cultuar. O Brasil é um dos paises que determina liberdade de crença religiosa em sua constituição e proíbe por lei qualquer forma de discriminação a esse respeito, isso contribuiu para a consolidação deste tipo de filosofia libertária, o homem está cansado de tantos chefes no seu dia-a-dia e por isso, na hora de optar por uma religião, não quer encontrar nenhum outro manda chuva ditando o que é certo e o que é errado de forma imposta e não consciencial.
O brasileiro, fundador da religião foi o carioca Zélio Fernandino de Moraes, então com apenas 17 anos, sua atitude oficializou esta cultura que outrora era praticada as escondidas, tamanha a falta de conhecimento e preconceito, mas que hoje está muito organizada e expressiva, possuindo até mesmo uma faculdade de teologia umbandista em São Paulo reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura, o MEC, entre outras grandes escolas espalhadas pelo País.
Que em 15 de novembro se comemora a Proclamação da República todo mundo sabe, o que bem pouca gente sabe, é que existe outro acontecimento histórico bastante “nacional” que vem sendo comemorado neste dia a exatos 100 anos. A primeira religião fundada no Brasil e por um brasileiro, esta comemorando este centenário agora em 15 de novembro.
Estamos falando da Umbanda, que cultua a natureza e seus elementos como sagrados, através de sua filosofia espiritualista, filosofia esta que acredita na vida após a morte e na comunicação entre vivos e desencarnados. (segundo o último censo do IBGE, o número de pessoas que declararam partilhar desta crença ultrapassou com folga a marca de dois milhões de brasileiros).
Esta filosofia que não para de crescer, utiliza os processos mediúnicos para estabelecer esta comunicação, trazendo assim, mensagens daqueles que já partiram e orientações dos espíritos mais experientes no outro lado da vida para nós ainda presos a este mundo pela matéria (o corpo físico).
Existe certa confusão quando se trata de diferenciar as principais religiões mediúnico-espiritualistas e destaco uma das mais importantes diferenças: o Candomblé é africano, o Kardecísmo Francês e a Umbanda é brasileira. Outra diferença está na comunicação com os espíritos, cito como exemplo o Candomblé, que utiliza o oráculo, o jogo de búzios, enquanto que, na Umbanda, esta comunicação se dá diretamente com os espíritos incorporados em seus médiuns, o que estreita esse relacionamento e torna a Umbanda tão atraente.
É próprio da Umbanda a manifestação dos chamados “Guias de Luz”, que segundo a crença tratam-se de espíritos que já foram encarnados como nós, porém hoje já não precisam mais reencarnar devido ao seu alto estágio de evolução, passando a cumprir seu papel caritativo nestas sessões de incorporação para orientar os que ainda não chegaram lá, ou seja, nós encarnados.
Os mais conhecidos são os Pretos Velhos, espíritos de nossos antigos escravos brasileiros, os Caboclos, espíritos dos índios que teriam vivido em nossas matas, e os Erês, espíritos de crianças (sincreticamente relacionados a São Cosme e São Damião), mas ainda existem as manifestações de Boiadeiros, Ciganos, Marinheiros, Exus, Baianos, entre outras linhas.
A fé na existência da vida após a morte traz conforto aos corações daqueles que perderam entes queridos, estas pessoas recebem confirmações de sua existência e informações de seu atual estado, motivo pelo qual, muitos seguidores de outras religiões declaram aceitar e até já ter estado em templos Umbandistas para receber estas boas notícias, mas as orientações a respeito dos diversos planos da vida terrena, como trabalho, relacionamento, família, ainda são os principais pedidos dos fiéis aos espíritos.
Como sempre digo, acredito que a Umbanda é a religião das pessoas livres, que seguem sim um ideal, mas não uma ditadura filosófica, já que a Umbanda possui grande diversidade em seus modos de culto e rito, e não se atem a uma única e hierárquica organização como é o caso da maioria das demais. “Não seguimos um regime Papal, por exemplo, e tão pouco isso diminui a força desta organização, que é unida justamente pelo respeito com as diferentes formas de credo, exemplo de tolerância inter-religiosa, exemplo de que podemos coexistir sem as chamadas “guerras santas” referindo-me aqui ao mal que assola o oriente médio e pode acontecer a qualquer outro lugar onde o povo não respeite a forma alheia de crer e cultuar. O Brasil é um dos paises que determina liberdade de crença religiosa em sua constituição e proíbe por lei qualquer forma de discriminação a esse respeito, isso contribuiu para a consolidação deste tipo de filosofia libertária, o homem está cansado de tantos chefes no seu dia-a-dia e por isso, na hora de optar por uma religião, não quer encontrar nenhum outro manda chuva ditando o que é certo e o que é errado de forma imposta e não consciencial.
O brasileiro, fundador da religião foi o carioca Zélio Fernandino de Moraes, então com apenas 17 anos, sua atitude oficializou esta cultura que outrora era praticada as escondidas, tamanha a falta de conhecimento e preconceito, mas que hoje está muito organizada e expressiva, possuindo até mesmo uma faculdade de teologia umbandista em São Paulo reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura, o MEC, entre outras grandes escolas espalhadas pelo País.